sábado, junho 27, 2009

A Criança eo Número

KAMII, Constance. A Criança e o Numero: implicações da teoria de Piaget para a atuação junto a escolares de 4 a 6 anos. Campinas, SP: Papirus, 1990.

RESENHA

Neste livro, Kamii busca justificar sua metodologia para a construção da ideia de número pela via da contagem, apresentando uma série de experimentos realizados com crianças de diferentes faixas etárias, segundo os resultados das pesquisas desenvolvidas por Jean Piaget, orientador e referencial teórico da autora. Os assuntos abordados na leitura inicial dão conta de como a criança compreende a construção do número. Segundo a autora a internalização do conceito de numero depende do nível mental que Jean Piaget (1998) nomeia de reversibilidade. Reversibilidade é a capacidade de fazer, desfazer mentalmente a mesma operação. Para ele a criança não pode conceituar adequadamente o número até que seja capaz de conservar quantidades, tornar reversíveis as operações, classificar e seriar. Assim, o educando (a) constrói, no seu intelecto, a noção de número.
A autora começa mostrando em seu livro dois tipos de conhecimento concebidos por Piaget, o conhecimento físico (conhecimento da realidade externa) que pode ser conhecido pela observação, e o Lógico-Matemático, que é a diferença existente na relação entre dois objetos. Sendo assim, o numero se torna a relação criada mentalmente por cada indivíduo. Assim, o educando (a) constrói, no seu intelecto, a noção de número fazendo-se necessário desenvolver certas habilidades, desse modo, a observação exerce um significado importante na aprendizagem.
No livro também estão colocadas algumas das questões cruciais que desafiam especialistas, professores e pais em relação à aquisição e ao uso do conceito de número pelas crianças de 4 a 7 anos. A criança nessa faixa etária é capaz de desenvolver várias habilidades necessárias a construção da noção de número, como por exemplo: observar, contar, calcular, classificar, seriar. A partir dessas capacidades ela poderá ter condições de construir a inclusão hierárquica, que em síntese com a ordem dos números, poderá construir o numero, conseguindo realizar atividades que demonstrem as quantidades. Kamii afirma que, se as crianças conseguem construir os pequenos números elementares ao colocarem todos os tipos de coisas em todos os tipos de relações, elas devem persistir ativamente neste pensamento para complementar a estruturação do resto da série.
Através de uma figura (dois círculos ligados um ao outro) a autora mostra que o sucesso escolar depende muito da habilidade de pensar autônomo e criticamente. A intersecção dos círculos mostra as coisas que aprendemos na escola e que foram úteis para o desenvolvimento da autonomia, por exemplo, a habilidade de ler e escrever, de ler mapas etc. Para Kamii, “se a autonomia é a finalidade da educação, precisam ser feitas tentativas no sentido de aumentar a área intersecção entre os dois círculos”.
Também coloca a autonomia em uma perspectiva de vida em grupo. Para ela, a autonomia significa o indivíduo ser governado por si próprio. É o contrário de heteronomia, que significa ser governado pelos outros. A autonomia significa levar em consideração os fatores relevantes para decidir agir da melhor forma para todos. Não pode haver moralidade quando se considera apenas o próprio ponto de vista. Assim o objetivo para ensinar o numero é o da construção que a criança faz da estrutura mental do numero, e o professor, deve priorizar o ato de encorajar a criança a pensar ativa e autonomamente em todos os tipos de situações. Para Kamii, uma criança que pensa ativamente à sua maneira, incluindo quantidades, inevitavelmente, constrói o numero.
Kamii afirma em seu livro que o meio ambiente proporciona muitas coisas que indiretamente, facilitam o desenvolvimento do raciocínio lógico-matemático. E “as crianças de culturas mais industrializadas geralmente desenvolvem-se mais rapidamente do que as de cultura menos industrializadas”. E ainda “as crianças de nível sócio-econômico médio-alto desenvolvem-se mais rapidamente do que as de baixa renda, e as que vivem na cidade, mais rápido que as das zona rurais”. ela elaborou também, seis princípios de ensino sob três títulos:
1. A criação de todos os tipos de relações
Encorajar a criança a estar alerta e colocar todos os tipos de objetos, eventos e ações em todas as espécies de relações.
2. A quantificação dos objetos
a. Encorajar as crianças a pensarem sobre numero e quantidades de objetos quando estes seriam significativos para elas.
b. Encorajar a criança a quantificar objetos logicamente e a comparar conjuntos (em vez de encorajá-las a contar).
c. Encorajar a criança a fazer conjunto com objetos móveis.
3. Interação social com os colegas e os professores.
a. Encorajar a criança a trocar ideias com seus colegas.
b. Imaginar como é que a criança está pensando, e intervir de acordo com aquilo que pareça estar sucedendo em sua cabeça.
O conhecimento matemático deve ser apresentado aos alunos como historicamente construído e em permanente evolução. Os recursos didáticos como jogos, livros, calculadoras, computadores e outros materiais têm um papel importante no processo de aprendizagem. A autora mostra ainda, a aplicação de jogos no auxílio à aprendizagem e fixação dos conceitos matemáticos tem por objetivo fazer com que o educando aprenda e construa os conceitos matemáticos através dos jogos.
O jogo e a brincadeira fazem parte da vida de qualquer indivíduo. O encantamento, fascínio e fantasia dos brinquedos e jogos acompanham o desenvolvimento da humanidade. Com relação ao jogo como recurso para auxiliar a aprendizagem, Kamii traz que a criança precisa ser encorajada na troca de ideias sobre como querem jogar, e ainda mostra diversos modelos de jogos e brincadeiras que podem ser bem aproveitados na aprendizagem da criança: dança das cadeiras, jogos com tabuleiro, jogos de baralho, jogos com bolinhas de gude, jogos da memória etc.


“Os jogos são atividades tão prazerosas e interessantes, por que não os trazer para a sala de aula e, assim, substituir as antigas atividades em folhas intermináveis que tornavam a aprendizagem um tédio? Trazendo o jogo para dentro da sala de aula, estaremos tornando a educação mais compatível com o desenvolvimento natural das crianças, ou seja, contribuiremos, para que a aprendizagem escolar seja relevante para o desenvolvimento.” (Constance Kamii).
Trabalhar com jogos é muito interessante e gratificante, pois o aluno aprende brincando dentro da sala. Mas é preciso que o educador tenha consciência que trabalhar assim não é fácil, exige uma atenção maior sobre os alunos para identificar o que precisa ser trabalhado e escolher o jogo certo para cada conceito matemático. Não se pode esquecer, que para tal trabalho, deve ser questionado: por que, quando, para que, o que se pretende, para que aulas não fiquem apenas no jogar por jogar.
O que levo de mais importante no livro é a colocação de que segundo Piaget a criança não constrói o número pela transmissão social, ou seja, aprendendo a contar. A estrutura lógico-matemática do número não pode ser ensinada, ela é construída pela própria criança, através do estímulo do professor proporcionando o desenvolvimento dessa estrutura mental através de situações de relações diversas. A tarefa dos professores é de incentivar o pensamento espontâneo das crianças e não apenas buscar respostas prontas. Aprender a contar, ler e escrever numerais é importante, mas se a criança não tiver construindo sua estrutura de número esta contagem, leitura e escrita será apenas memorização, sem sentido numérico. Também achei muito importante o resultado de uma pesquisa que indica que as crianças de nível sócio econômico mais elevado, desenvolvem o raciocínio lógico matemático mais rapidamente que os de baixa renda, isso influencia bastante na minha sala de aula, visto que trabalho com crianças de nível sócio-econômicos muito variados e com pouquíssimos estímulos familiares, retardando bastante esse desenvolvimento do pensamento lógico, não só na questão numérica inclusive na leitura e escrita.

quinta-feira, junho 25, 2009

Resenha: A criança e o numero

KAMII, Constance. A Criança e o Numero: implicações da teoria de Piaget para a atuação junto a escolares de 4 a 6 anos. Campinas, SP: Papirus, 1990.

Neste livro, Kamii busca justificar sua metodologia para a construção da ideia de número pela via da contagem, apresentando uma série de experimentos realizados com crianças de diferentes faixas etárias, segundo os resultados das pesquisas desenvolvidas por Jean Piaget, orientador e referencial teórico da autora. Os assuntos abordados na leitura inicial dão conta de como a criança compreende a construção do número. Segundo a autora a internalização do conceito de numero depende do nível mental que Jean Piaget (1998) nomeia de reversibilidade. Reversibilidade é a capacidade de fazer, desfazer mentalmente a mesma operação. Para ele a criança não pode conceituar adequadamente o número até que seja capaz de conservar quantidades, tornar reversíveis as operações, classificar e seriar. Assim, o educando (a) constrói, no seu intelecto, a noção de número.

A autora começa mostrando em seu livro dois tipos de conhecimento concebidos por Piaget, o conhecimento físico (conhecimento da realidade externa) que pode ser conhecido pela observação, e o Lógico-Matemático, que é a diferença existente na relação entre dois objetos. Sendo assim, o numero se torna a relação criada mentalmente por cada indivíduo. Assim, o educando (a) constrói, no seu intelecto, a noção de número fazendo-se necessário desenvolver certas habilidades, desse modo, a observação exerce um significado importante na aprendizagem.

No livro também estão colocadas algumas das questões cruciais que desafiam especialistas, professores e pais em relação à aquisição e ao uso do conceito de número pelas crianças de 4 a 7 anos. A criança nessa faixa etária é capaz de desenvolver várias habilidades necessárias a construção da noção de número, como por exemplo: observar, contar, calcular, classificar, seriar. A partir dessas capacidades ela poderá ter condições de construir a inclusão hierárquica, que em síntese com a ordem dos números, poderá construir o numero, conseguindo realizar atividades que demonstrem as quantidades. Kamii afirma que, se as crianças conseguem construir os pequenos números elementares ao colocarem todos os tipos de coisas em todos os tipos de relações, elas devem persistir ativamente neste pensamento para complementar a estruturação do resto da série.

Através de uma figura (dois círculos ligados um ao outro) a autora mostra que o sucesso escolar depende muito da habilidade de pensar autônomo e criticamente. A intersecção dos círculos mostra as coisas que aprendemos na escola e que foram úteis para o desenvolvimento da autonomia, por exemplo, a habilidade de ler e escrever, de ler mapas etc. Para Kamii, “se a autonomia é a finalidade da educação, precisam ser feitas tentativas no sentido de aumentar a área intersecção entre os dois círculos”.

Também coloca a autonomia em uma perspectiva de vida em grupo. Para ela, a autonomia significa o indivíduo ser governado por si próprio. É o contrário de heteronomia, que significa ser governado pelos outros. A autonomia significa levar em consideração os fatores relevantes para decidir agir da melhor forma para todos. Não pode haver moralidade quando se considera apenas o próprio ponto de vista. Assim o objetivo para ensinar o numero é o da construção que a criança faz da estrutura mental do numero, e o professor, deve priorizar o ato de encorajar a criança a pensar ativa e autonomamente em todos os tipos de situações. Para Kamii, uma criança que pensa ativamente à sua maneira, incluindo quantidades, inevitavelmente, constrói o numero.

Kamii afirma em seu livro que o meio ambiente proporciona muitas coisas que indiretamente, facilitam o desenvolvimento do raciocínio lógico-matemático. E “as crianças de culturas mais industrializadas geralmente desenvolvem-se mais rapidamente do que as de cultura menos industrializadas”. E ainda “as crianças de nível sócio-econômico médio-alto desenvolvem-se mais rapidamente do que as de baixa renda, e as que vivem na cidade, mais rápido que as das zona rurais”. ela elaborou também, seis princípios de ensino sob três títulos:

  1. A criação de todos os tipos de relações

Encorajar a criança a estar alerta e colocar todos os tipos de objetos, eventos e ações em todas as espécies de relações.

  1. A quantificação dos objetos

a. Encorajar as crianças a pensarem sobre numero e quantidades de objetos quando estes seriam significativos para elas.

b. Encorajar a criança a quantificar objetos logicamente e a comparar conjuntos (em vez de encorajá-las a contar).

c. Encorajar a criança a fazer conjunto com objetos móveis.

  1. Interação social com os colegas e os professores.

a. Encorajar a criança a trocar ideias com seus colegas.

b. Imaginar como é que a criança está pensando, e intervir de acordo com aquilo que pareça estar sucedendo em sua cabeça.

O conhecimento matemático deve ser apresentado aos alunos como historicamente construído e em permanente evolução. Os recursos didáticos como jogos, livros, calculadoras, computadores e outros materiais têm um papel importante no processo de aprendizagem. A autora mostra ainda, a aplicação de jogos no auxílio à aprendizagem e fixação dos conceitos matemáticos tem por objetivo fazer com que o educando aprenda e construa os conceitos matemáticos através dos jogos.

O jogo e a brincadeira fazem parte da vida de qualquer indivíduo. O encantamento, fascínio e fantasia dos brinquedos e jogos acompanham o desenvolvimento da humanidade. Com relação ao jogo como recurso para auxiliar a aprendizagem, Kamii traz que a criança precisa ser encorajada na troca de ideias sobre como querem jogar, e ainda mostra diversos modelos de jogos e brincadeiras que podem ser bem aproveitados na aprendizagem da criança: dança das cadeiras, jogos com tabuleiro, jogos de baralho, jogos com bolinhas de gude, jogos da memória etc.

“Os jogos são atividades tão prazerosas e interessantes, por que não os trazer para a sala de aula e, assim, substituir as antigas atividades em folhas intermináveis que tornavam a aprendizagem um tédio? Trazendo o jogo para dentro da sala de aula, estaremos tornando a educação mais compatível com o desenvolvimento natural das crianças, ou seja, contribuiremos, para que a aprendizagem escolar seja relevante para o desenvolvimento.” (Constance Kamii).

Trabalhar com jogos é muito interessante e gratificante, pois o aluno aprende brincando dentro da sala. Mas é preciso que o educador tenha consciência que trabalhar assim não é fácil, exige uma atenção maior sobre os alunos para identificar o que precisa ser trabalhado e escolher o jogo certo para cada conceito matemático. Não se pode esquecer, que para tal trabalho, deve ser questionado: por que, quando, para que, o que se pretende, para que aulas não fiquem apenas no jogar por jogar.

O que levo de mais importante no livro é a colocação de que segundo Piaget a criança não constrói o número pela transmissão social, ou seja, aprendendo a contar. A estrutura lógico-matemática do número não pode ser ensinada, ela é construída pela própria criança, através do estímulo do professor proporcionando o desenvolvimento dessa estrutura mental através de situações de relações diversas. A tarefa dos professores é de incentivar o pensamento espontâneo das crianças e não apenas buscar respostas prontas. Aprender a contar, ler e escrever numerais é importante, mas se a criança não tiver construindo sua estrutura de número esta contagem, leitura e escrita será apenas memorização, sem sentido numérico. Também achei muito importante o resultado de uma pesquisa que indica que as crianças de nível sócio econômico mais elevado, desenvolvem o raciocínio lógico matemático mais rapidamente que os de baixa renda, isso influencia bastante na minha sala de aula, visto que trabalho com crianças de nível sócio-econômicos muito variados e com pouquíssimos estímulos familiares, retardando bastante esse desenvolvimento do pensamento lógico, não só na questão numérica inclusive na leitura e escrita.

domingo, junho 07, 2009

Brincando tambem se aprende!




Apresentação


Atualmente tem se discutido muito sobre a brincadeira na sala de aula, principalmente na sala de educação infantil. A ludicidade tem sido tema de debates e são várias as pesquisas sobre a importância do lúdico no processo de ensino-aprendizagem da criança. Assim:
O desenvolvimento do aspecto lúdico facilita a aprendizagem, o desenvolvimento pessoal, social e cultural, colabora para uma boa saúde mental, prepara para um estado interior fértil, facilita os processos de socialização, comunicação, expressão e construção do conhecimento. (SANTOS, 1997; p.12)
Diante disso, trazemos algumas brincadeiras infantis e as contribuições destas para a aprendizagem das crianças. Ao longo das páginas trazemos as perspectivas teóricas que embasam as ideias apresentadas bem como, as colaborações para este trabalho.



Fundamentação Teórica

É de suma importância compreender como as brincadeiras acontecem e sua contribuição para a educação, pois percebemos que através delas os sujeitos (crianças, jovens, adultos, etc.) interagem e criam relações de aprendizagem, estas muito importantes na formação do sujeito enquanto ser social, cultural e político, além de histórico. Ao mesmo passo, contribuem também, na perspectiva de flexibilidade:

[...] As crianças estão mais dispostas a ensaiar novas combinações de idéias e de comportamentos em situações de jogo, que em outras atividades não-recreativas. Estudos como os de Bruner (1976) demonstram a importância do jogo para a exploração. A ausência de pressão do ambiente cria um clima propício para investigações necessárias à solução de problemas. Assim, brincar leva a criança a tornar-se mais flexível e buscar alternativas de ação. (KISHIMOTO, 2003; p.6)

Na perspectiva adotada aqui, se faz necessário pensar a criança e a brincadeira como elementos que se fazem e se completam, é nessas relações onde o desenvolvimento social e cognitivo se fortalecem e criam novas possibilidades às crianças de percepção de si e do mundo, podendo incluir dessa forma, a ideia de que a criança mobiliza ações e modifica outras a partir de sua ‘atmosfera criativa. Neste contexto, o brinquedo assume papel muito importante dentro dessas relações:
"A partir desses jogos que encontram a criança, ela é conduzida a explorar, entender o mundo dos objetos complexos ao seu redor. . [...] Os brinquedos tornam-se, portanto, objetos de comunicação, meio através do qual a criança sai de uma relação centralizada em um objeto, para torná-lo um utensílio mediador entre ela e as outras crianças e, de forma mais generalizada, entre ela e o mundo". (BROUGÈRE apud KISHIMOTO, 2006; p.138).




Observamos a partir disso, que a brincadeira, fazendo parte do mundo ou da vida da criança, auxilia fortemente na organização de seus pensamentos, a separá-los e também a criar e amadurecer linguagens diversas. Bem como, desenvolverá suas principais capacidades e potencialidades, lhe permitindo assim, ter uma boa relação em meio à sociedade. Esses aspectos são de significativa relevância tanto para a própria criança (que mesmo não tendo o objetivo de ganhar algo com isso e não tenha uma visão detalhada do que está fazendo) e para o educador (que em muitos casos não compreende a extensão das possibilidades que a brincadeira pode proporcionar à criança, mas percebe que a brincadeira parece completar o momento de ser criança) ela, a brincadeira, estimula a criança para o saber na medida em que no seu brincar ela utiliza vários elementos que propiciam a comunicação e a relação, e estes servem para ela na construção do mundo. Desta forma:

O desejo de uma criança se manifesta no seu brincar. O brincar acontece naturalmente. [...]. É no brincar que a criança e mesmo o adulto são capazes de viver as suas criações de maneira plena. [...] O brincar é saúde tanto para o corpo tanto para a mente. [...]. No brincar a criança dialoga consigo mesmo e com o mundo. O brincar é uma linguagem, a das mais sérias que a crianças faz uso. [...]. (HEIKEL, 2003; p.60)


Brincadeiras

NOME: pique – esconde

Nº. de participantes: não pode ser muito para não ficar cansativo.

COMEÇA: os participantes escolhem quem vai procurar as outras por ‘zerinho ou um’, ‘par ou ímpar’ ou ‘pedra - papel - tesoura’.

COMO BRINCAR: virada de frente para uma parede ou árvore uma criança começa a contar até ‘x’ número enquanto as outras se escondem. Depois ela para e começa a procurar as outras. Quando acha alguma ela e a outra criança devem correr até o lugar onde se estava contando, se a que estava escondida chegar primeiro deve dizer: ‘bati por mim’ e ela será salva caso contrário a outra deve dizer: ’bati por fulano’. Lembrando que a última a ser encontrada deverá procurar as outras.

CARACTERÍSTICAS DESSA BRINCADEIRA:

Estimula a:

Ø Curiosidade e a procura;
Ø Investigação, descoberta e novas possibilidades;
Ø Relações de grupo;
Ø Relações matemáticas;
Ø Noções de espaço;
Ø Funções motoras;
Ø Estratégia.



NOME: Amarelinha (academia, escada, macaco, sapata)

NÚMERO DE PARTICIPANTES: no mínimo um.

COMEÇA: Desenhando um diagrama no chão.

COMO BRINCAR: Quem for jogar fica no inferno e lança uma pedra, mirando no número 1. Se acertar, pula num pé só no número 2 e depois no 3. Em seguida, pula colocando um pé no número 4 e outro no 5 (as asas). Pula de novo com um pé só no número 6 (o pescoço) e pisa com os pés no céu (ou lua). Para voltar faz a mesma coisa, abaixando um pouco no número 2 para pegar a pedra que ficou no número 1, pulando depois para o inferno. Começa tudo de novo, só que dessa vez, tem que mirar a pedra no número 2 e pular num pé só direto no número 3. E assim vai a brincadeira, até que o jogador erre e passe a vez para o próximo. Quem sai do jogo quando volta, começa de onde errou.

MATERIAL PARA BRINCAR: pedra(s) e algo que risque.

CARACTERÍSTICAS DESSA BRINCADEIRA:

Estimula a:

Ø Concentração;
Ø Equilíbrio;
Ø Percepção;
Ø Desenvoltura;
Ø Noções de espaço.



NOME: Bila

Nº. DE PARTICIPANTES: quanto mais, melhor.


COMEÇA: Escolhendo que vai ficar com a ‘bila’.

COMO BRINCAR: quem ficar com a ‘bila’ deve correr atrás das outras crianças e tentar ‘bilá-las’, se conseguir deverá fugir da que ‘bilou’. Há também a ‘ronda’, um lugar onde as outras crianças podem ficar salvas por um instante.

BILA DE DISCO: é uma variação da brincadeira anterior, a única diferença é que é usado um disco para bilar, sendo arremessado em outra criança.

MATERIAL PARA BRINCAR: disco (pode ser uma tampa de margarina ou de outra embalagem).

CARACTERÍSTICAS DESSA BRINCADEIRA:

Estimula a:

Ø Defesa;
Ø Lidar com diferentes situações;
Ø Conhecer o próprio corpo;
Ø Desenvolver suas capacidades físicas.



NOME: Caquinho ou sete pedras

NÚMERO DE PARTICIPANTES: Não pode ser muito para não atrapalhar.

COMEÇA: Um grupo de crianças se divide igualmente em duas equipes. Depois em uma área limpa e plana é feito dois riscos longe um do outro no mesmo sentido e no meio coloca-se uma pilha de pequenos cacos de telha ou cerâmica. Logo em seguida, escolhe-se quem começa a jogar a bolinha.

COMO BRINCAR: Da linha, a equipe que ficar com a bolinha deve jogá-la em direção à pilha para derrubá-la. Quando uma das equipes conseguir derrubar deve tentar montar a pilha, só que deve se esquivar da bolinha que está sendo jogada pela outra equipe, ganha a equipe ao montar a pilha, e a outra só ganha se arremessar a bolinha em todos os membros da outra equipe antes que esta monte a pilha.

MATERIAL PARA BRINCAR: Bolinha leve e macia e cacos de telha ou cerâmica.

CARACTERÍSTICAS DA BRINCADEIRA:

Estimula a:

Ø Noção sócio-espacial;
Ø Habilidade física e cognitiva;
Ø Identificar possibilidades.



Conclusão

A brincadeira não pode ser vista apenas como passa-tempo ou para gastar energia, pois como foi visto, ela favorece o desenvolvimento físico, cognitivo, afetivo, social e moral. Servindo dentre outras coisas, para a construção do conhecimento e da aprendizagem.Segundo Kishimoto (2006):

As crianças ficam mais motivadas a usar a inteligência, pois querem jogar bem, sendo assim, esforçam-se para superar obstáculos, tanto cognitivos, quanto emocionais. Estando mais motivadas durante o jogo, ficam também mais ativas mentalmente. (p.96).

Assim, nota-se que os jogos e as brincadeiras são importantes para o desenvolvimento da criança, na medida em que estas além de garantir o prazer, estimulam as noções de espaço da criança e as relações de grupo, proporcionam uma maior aprendizagem.

Resumo critico: V de Vingança


O filme mostra um governo ditador, representado na pessoa do Chanceler Adam Sutler, é instaurado de forma "justificado" na Inglaterra que assim como o do Adolf Hitler, na Alemanha, usou os meios de comunicação como torturador psicológico. Semelhante ao que ocorreu no domínio Hitler, Sutler surge como solução a uma sociedade deteriorada, com sonhos e valores soterrados por ele mesmo quando se uniu a um mega controlador da indústria farmacêutica.As minorias étnicas e os marginalizados mais uma vez foram utilizadas como cobaias para experimentos biológicos e torturas degradantes. Uma prisão, a estrutura metroviária e uma escola foram utilizados para a efetiva aplicabilidade das mutações desenvolvias pelo governo e apoiadas pela igreja na pessoa do Padre pedófilo. O Chanceler surge com a cura para o medo implantado nas pessoas através das doenças e das mazelas sociais induzindo a população a coroar Sutler seu governante. A massa trocou sua liberdade pela falsa personificação da salvação.A manipulação e o totalitarismo se torna mais latente no toque de recolher quando Evie é interceptada na rua pelos “homens dedo” - os funcionários do estado, a captação das conversas do interior das casas, a proibição de posse de obras de arte, além de controlar o que as pessoas podiam comer, sendo que o acesso a alguns alimentos era privilégio do governo. O filme retrata um governo que detinha o poder de todos os segmentos da sociedade, inclusive dos programas de televisão que noticiavam apenas e tão somente as mentiras usadas para manipular a verdade.A mídia, no filme, é a principal arma de massificação, ela é utilizada não só para exaltar os benefícios que o governo proporciona ou modelar os seus erros, mas também para concentrar a população no senso de obediência, deixando-se controlar pelo governo. Nos bares, nas casas, nos asilos, embora mostre as pessoas juntas, o personagem principal da casa é o aparelho de televisão que transmite aquilo que o estado quer que as pessoas saibam. Observa-se uma apatia contundente, ninguém questiona, nem conversa sobre o que vê e ouve. O isolamento, a quebra dos vínculos familiares, e o enfraquecimento relioso e social contribuíram para que o governo se tornasse mais forte e manipulador na vida da sociedade.O controle do estado é novamente observado quando surge V, o personagem mascarado que explode o prédio da justiça e toma um canal de TV para mostrar e plantar a semente da idéia ativista na população, porém o governo divulga posteriormente a possível morte daquele que seria um terrorista. Mais uma vez a manipulação da verdade predomina. V não é um terrorista e sim um anarquista, um homem que foi usado como cobaia do governo e torturado no passado. Ele reascende as idéias e o rosto, através da máscara, de Guy Fawkes, um homem que tentou explodir o parlamento inglês por desacreditar do sistema e morreu enforcado em praça pública.O tema central da trama é a saga do herói contra a repressão do estado totalitário, contudo, além da vingança pessoal de V, há uma vida resgatada da apatia na personagem de Evie. Observa-se, no começo, a diferença entre os personagens na forma de buscar os objetivos, V leva a termo a frase célebre de Maquiavel - “Os fins justificam os meios”, exterminar as personificações do mal (matar) era o seu forte, já Evie era uma crítica do sistema, porém não concordava com os métodos de V para libertar a massa do domínio governamental. O mascarado não poupou nem aquela que amava, quando sabia que a tortura e a imposição da mesma condição pela qual ele e outras pessoas passaram poderia libertá-la e trazê-la de volta à vida real, adquirir a coragem e a capacidade para ações que eram impossíveis na Evie do início da obra.Apesar de “V For Vendetta” não ser um filme de ação, há brilhantes batalhas travadas, mas no campo das ideias, dos pensamentos. V, apesar de sua alma e corpo feridos, seduz pelas palavras, pela inteligência e não pela força.

sábado, maio 23, 2009

Ensaio: Letramento e Alfabetização

Entender e definir o conceito de letramento e alfabetização não é tão simples como se parece, para mim, isto se deve principalmente por se tratar de palavras do mesmo campo semântico e que, portanto, parecem significar a mesma coisa. Podem até ser palavras conhecidas, mas ainda não são completamente compreendidas pela maioria das pessoas. Por exemplo, conheço a palavra alfabetização desde criança, quando conheci também o alfabeto, visto que este é necessário para a alfabetização, mas nunca parei para refletir ou discutir, o sentido da palavra, o que é. Muito pior que isto, é com relação à palavra letramento, que mesmo sem ter uma definição formada para alfabetização, achava que letramento e alfabetização fossem, significassem a mesma coisa, além disso, a palavra letramento só veio fazer parte do meu repertório no sexto período do curso de Pedagogia.
Assim, poderia arriscar, e responder que alfabetização seria ensinar o alfabeto, e no extremo ensinar a ler e escrever, mas quanto a letramento, sem nem ao menos ter ouvido esta palavra mais do que uma ou duas vezes, como nos vem à mente letra, ligo imediatamente ao alfabeto, este me leva a alfabetização, portanto teria o mesmo significado.
Para ajudar a refletir, e assim, definir o conceito de alfabetização e letramento, precisamos conhecer os significados das palavras que estão ligadas a alfabetização e letramento, ou seja, fazem parte do mesmo campo semântico.
ALFABETIZAÇÃO
ALFABETIZAR/ALFABETIZADO
ANALFABETISMO/ANALFABETO
LETRAMENTO
LETRADO/ILETRADO
ALFABETISMO
Vejamos as definições que aparecem no dicionário Aurélio:
analfabetismo: estado ou condição de analfabeto
a(n) + alfabet + ismo
-izar: sufixo;
indica: tornar, fazer com que.
Exemplos:
suavizar: tornar suave;
industrializar: tornar industrial
Alfabetizar é tornar o indivíduo capaz de ler e escrever.
Alfabetização: ação de alfabetizar
Alfabet + iza(r) + ção
-ção: sufixo que forma substantivos
indica: ação
Exemplos:
traição: ação de trair
nomeação: ação de nomear
Alfabetização é a ação de alfabetizar, de tornar "alfabeto".
É estranho o uso dessa palavra "alfabeto", na expressão "tornar alfabeto". É que dispomos da palavra analfabeto, mas não temos o contrário dela: temos a palavra negativa, mas não temos a palavra positiva.
É no campo semântico dessas palavras que conhecemos bem - analfabetismo, analfabeto, alfabetização, alfabetizar - que surge a palavra letramento. Como surgiu essa palavra e o que quer ela dizer? Existe no dicionário?
Encontrei no dicionário Aurélio as palavras letrado e iletrado:
Letrado: versado em letras, eruditoiletrado: que não tem conhecimentos literários
Portanto, uma pessoa letrada é igual a uma pessoa erudita, versada em letras (letras significando literatura, línguas); uma pessoa iletrada igual a uma pessoa que não tem conhecimentos literários, que não é erudita; analfabeta, ou quase analfabeta.
Neste sentido, os adjetivos letrado e iletrado não está relacionado com o sentido da palavra letramento.
A palavra letramento ainda não está dicionarizada, porque foi introduzida muito recentemente na língua portuguesa. Parece que a palavra letramento apareceu pela primeira vez no livro de Mary Kato: No mundo da escrita: uma perspectiva psicolinguística*., de 1986.
Ao buscar a origem da palavra letramento, encontra-se em Soares (1999), que a palavra é uma tradução para o portugues da palavra inglesa literacy. Segundo a autora os dicionários traduzem assim essa palavra:
literacy = the condition of being literate
littera + cy
palavra latina = letra -cy: sufixo, indica qualidade, condição, estado. Exemplo: innocency: condição de inocente.
Segundo ela, traduzindo a definição acima, literacy é "a condição de ser letrado" - dando à palavra letrado" sentido diferente daquele que vem tendo em português. Em inglês, o sentido de literate é:
literate: educated; especially able to read and write (educado; especificamente, que tem a habilidade de ler e escrever).
Literate é, pois, o adjetivo que caracteriza a pessoa que domina a leitura e a escrita, e literacy designa o estado ou condição daquele que é literate, daquele que não só sabe ler e escrever com qualidade, mas também faz uso competente e freqüente da leitura e da escrita.
Há, assim, uma diferença entre saber ler e escrever, ser alfabetizado, e viver na condição ou estado de quem sabe ler e escrever, ser letrado (atribuindo a essa palavra o sentido que tem literate em inglês). Ou seja: a pessoa que aprende a ler e a escrever - que se torna alfabetizada - e que passa a fazer uso da leitura e da escrita, a envolver-se nas práticas sociais de leitura e de escrita - que se torna letrada - é diferente de uma pessoa que ou não sabe ler e escrever - é analfabeta - ou, sabendo ler e escrever, não faz uso da leitura e da escrita - é alfabetizada, mas não é letrada, não vive no estado ou condição de quem sabe ler e escrever e pratica a leitura e a escrita. Nessa concepção, letramento são as práticas sociais de leitura e escrita e os eventos em que essas práticas são postas em ação, bem como as
conseqüências delas sobre a sociedade. Implícito neste conceito temos a ideia* de que a leitura e a escrita e a escrita, traz consequencias* sociais, culturais, políticas, econômicas, cognitivas, linguisticas*, tanto para o grupo social ou para o individuo que aprende a usá-la.
Sabendo algumas definições destes dois termos, podemos agora ver algumas distinções básicas entre esses dois. Referente a isso Tfouni nos traz


" A alfabetização refere-se à aquisição de escrita enquanto a aprendizagem de habilidades para leitura, escrita e as chamadas práticas de linguagem. Isso é levado a efeito, em geral, por meio do processo de escolarização e, portanto, da instrução formal. A alfabetização pertence, assim, ao âmbito do individual. O letramento, por sua vez, focaliza os aspectos sócio-históricos da aquisição da escrita. Entre outros casos, procura estudar e descrever o que ocorre nas sociedades quando adotam um sistema
de escrita de maneira restrita ou generalizada; procura ainda saber quais práticas psicossociais substituem as práticas “letradas” em sociedades ágrafas". ( Idem, p.9).


A autora afirma essas diferenças mostrando o caráter individual do alfabetizado e o caráter social o letrado. Assim o conceito de letramento são as práticas sociais da leitura e escrita, o letrado possui palavras ou frases para usar na hora e no contexto correto, isso vai além da leitura e escrita, ou seja, para além da alfabetização. Mas é necessário deixar claro que apesar dessas diferenças, estes dois termos estão diretamente ligados, ou seja, um reflete diretamente no processo do outro.
Nesse sentido, a leitura e a escrita têm grande importância como prática social e cultural, e por isso, a criança (principalmente) precisa compreender a função social da escrita. Para isso ocorrer, é preciso que haja condições para o letramento, tais condições, que os alfabetizados, ou alfabetizandos, passem a ter em disposição, um ambiente de letramento, e entrar no mundo letrado, ou seja, um mundo em que as pessoas têm acesso aos livros, revistas e jornais, a bibliotecas e infocentros. Assim a aprendizagem de leitura e escrita terá mais significado para eles.

REFERÊNCIAS


SOARES, Magda. Letramento: um tema em três gêneros. Belo Horizonte: Autêntica, 2003.
FERREIRA, Aurélio B. de Holanda. Dicionário da Língua Portuguesa. D.F: Nova Fronteira.
TFOUNI, Leda Verdiani. Letramento e alfabetização. São Paulo: Cortez, 2004



















. * palavras escritas de acordo com a nova lei ortográfica. Para maiores informações, consultar o Manual da Nova Ortografia, Especial Nova Escola.

Análise de cartilha

ANÁLISE DE LIVRO DIDÁTICO PARA ALFABETIZAÇÃO

Este texto é uma analise pedagógica do livro de Sandra Gomes: Alfabetização. Curitiba: Positivo, 2005.

Ao observar este livro percebe-se que, o mesmo tem uma aparência atraente, devido às muitas cores, formas geométricas, figuras desenhos, quadros, letras grandes, entre outras, tudo num aspecto de animação para captar na criança o interesse, o desejo e o gosto de usá-lo.
Este livro trás diferentes tipos de textos, tais como musicas, parlendas, história, cartas, listas de mercados, textos em agenda e poemas. São textos voltados para a reconstituição da sociedade pacíficas de fácil compreensão de característica infantil e social. As atividades são relacionadas aos textos através das quais os alfabetizandos aprendem formar as palavras, as sílabas, conhecer as letras e o formato das mesmas. São atividades interessantes e atraentes com palavras e figuras representativas. Não são atividades cansativas.
Pedagogicamente falando, este livro está de acordo com o método analítico que parte do todo para as partes, do composto para o mais simples. Pega o texto e o analisa das partes maiores para as menores. Além de alfabetizar os alfabetizando ainda as politizam. É um livro que atende ao público infantil dentro do atual modelo de educação, e que se encaixa nas palavras de Leite, quando diz:

Enfatiza-se os usos sociais da escrita, ou seja, as diversas formas pelas quais uma determinada sociedade utiliza-se efetivamente dela; fala-se em escrita verdadeira com integração à escrita escolar (aquela que não corresponde aos seus usos sociais, tão comuns no modelo tradicional (2005, p. 24).

Como se pode perceber Gomes procurou atender o público infantil dentro do método atual o qual atinge a compreensão de texto, a formação das pequenas estruturas do texto e, ainda, a compreensão da sociedade que temos.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
LEITE, Sérgio Antônio da Silva. Alfabetização e Letramento: Contribuições para as práticas pedagógicas. Ed. Komedi. Campinas, SP, 2005.